segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Baixa umidade do ar e saúde

Pelo menos aqui em São Paulo a “chuvinha” da semana passada não foi suficiente para aliviar o ar seco.

A baixa umidade do ar deixa nossa saúde super debilitada e temos a sensação de um deserto dentro de nós.

Como nosso organismo sente todos esses transtornos? Num primeiro momento surge o que parece apenas pequenos desconfortos, como dores de cabeça e tonturas. Com o passar dos dias esses incômodos se somam e causam graves malefícios. Nas grandes cidades, a estiagem, piorada pela poluição, afeta especialmente os sistemas respiratório e circulatório. Em longo prazo o corpo sofre os mesmos danos provocados pelo cigarro, garantem especialistas.

Os primeiros a sentir a influência do ar seco são os olhos porque a mucosa ocular é a mais exposta ao ambiente externo. Na falta de umidade, o filme lacrimal, uma leve partícula de água que recobre os olhos, evapora-se muito rápido. Você logo sente coceira e a reação natural é esfregar as pálpebras, o que piora tudo, porque provoca lesões, isso sem contar o risco de contaminação por microorganismos levados pelas mãos. Portanto uma das conseqüências costuma ser a conjuntivite.

Como uma espécie de efeito dominó, nariz, boca, garganta e brônquios são afetados. A mucosa nasal fica tão ressecada que pequenos vasos se rompem e sangram. Para piorar, aparecem feridas pequeninas que funcionam como porta de entrada para vírus e bactéria; os pêlos nasais, cuja função é filtrar as partículas do ar, deixam de cumprir direito esse papel protetor, já que perdem a lubrificação.

A baixa umidade do ar castiga o corpo pra valer. Olhos, nariz e garganta ressecados viram porta de entrada para vírus e bactérias, os rins não funcionam direito, a pele ganha aspecto envelhecido.

Por isso, em dias de baixa umidade, é necessário tomar alguns cuidados com o corpo. Confira os mais importantes listados pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo:

- Ingira muita água, sucos naturais e água de coco;

- Mantenha a higiene doméstica em dia, evitando o acúmulo de poeira, que desencadeia problemas alérgicos;

- Durma em locais bem arejados e umedecidos. Para ajudar, utilize umidificadores de ar, toalhas molhadas ou reservatórios com água no local;

- Evite banhos quentes, que ressecam a pele, e use cremes hidratantes constantemente;

- Lave olhos e narinas com soro fisiológico para lubrificá-los ou em caso de irritações. O Rinosoro é uma ótima opção para as narinas, já que hidrata suas paredes, facilita a respiração e não tem contraindicação;

- Pessoas com antecedentes de doenças alérgicas, como bronquite e rinite, costumam ter crises e devem procurar um médico para mais recomendações.

- É importante também evitar atividades ao ar livre e exposição ao sol entre 10h e 17h e não praticar exercícios físicos entre 11h e 15h.

E vale lembrar ainda, que o ar condicionado contribui para diminuir a umidade dos ambientes. Portanto, evitar o seu uso é uma boa alternativa.

Por Cintia Nigro e Nara Borges

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